Tudo o que é bom acaba depressa
Será?
Normalmente estas frases ancestrais fazem algum sentido. Afinal de contas, por alguma razão sobreviveram a todos os ataques de Alzheimer ou esclerose dos nossos "egrégios avós" e chegaram até aos nossos dias. A vida tem-me demonstrado, por A mais B e por outras letras mais, que de facto as coisas boas tendem a sumir-se depressa. Esta lógica aplica-se tanto a um pacote de bolachas Parmalat, como a um episódio (ou uma temporada inteira) de How I Met Your Mother, como a conceitos mais latos, tais como: "toda uma infância feliz e despreocupada" ou "aquelas férias grandes". Quando damos por nós, já passou, já acabou. Ficaram só as migalhas com cor de chocolate, os créditos finais, passando em corrida para não corrermos o risco de ficar mesmo a saber quem escreveu a série ou quem penteou os actores... Ficámos só nós, com mais rugas que no ano anterior, com menos dias úteis (ou inúteis, como se desejam) de férias para gozar.
Mas - também dizem as avós - não há regra sem excepção. E pode acontecer que uma coisa que até nos estava a dar um valente gozo dure um bocadinho mais. Como se afinal houvesse uma carga extra na bateria.
Afinal o Papel Químico pode não ter sido só um avistamento de cinco noites (e avistamento é o termo certo, quando aquilo que as pessoas fazem é assistir a um fenómeno do Entroncamento que dá pelo nome de Luís Franco-Bastos). Afinal pode haver mais seis noites de esquizofrenia, num teatro perto de si - dos lisboetas, para já. Depois o Mundo. E quem sabe um dia Olivença, "que também é Portugal!"
Tudo isto para dizer que nas noites de 20, 21, 22, 27, 28 e 29 de Julho, estamos de volta ao São Luiz. Regressamos de propósito para que quem não conseguiu ver à primeira, veja agora. Sentem a pressão desta responsabilidade? Óptimo. Era isso mesmo que eu queria. Depois no espectáculo o Rui Costa, o Figo , o Mourinho e o Jaime Pacheco explicam-vos como lidar com essa pressão que sentem.