The Biggest Loser
Adormeço a ver o The Biggest Loser, acordo a pensar que este meu treino do costume, às sete da manhã, afinal é coisa de mariquinhas. Hesito, inclusivamente. Será que vale a pena ir, não tendo eu 123 kilos em cima da coluna? De repente, aquilo que me parecia ser um acto heróico, de acordar dia após dia às seis e tal da manhã, passou a ser uma cena semi-ridícula. Reparem: treinar só uma hora, em vez de quatro ou cinco? E sem ninguém a gritar comigo como se estivesse na tropa? E sem compensações do género "uma sala cheia de hot dogs e chicken wings, e cinco minutos para comer tudo o que conseguir empurrar pela garganta abaixo" ou "por cada 100 calorias, poder falar 1 minuto com um ente querido"... Tenho de parar de ver o programa que, inexplicavelmente, em português se chama "O Peso Certo" - uma alusão tão clara quanto desnecessária a Fernando Mendes. Não queria nada ter esta imagem mental: Mendes com as suas maminhas ao léu em cima daquelas balanças gigantes que eles usam, a ver quantas gramas perdeu numa semana, e a perguntar se o prémio é um chouriço de sangue.