Produções Fictícias atingem maioridade
Este título parece uma manchete de dia das mentiras, ou simplesmente uma manchete de Inimigo Público num dia normal. Realmente parece absurdo que as PF se tornem responsáveis. Mas isso acontece apenas se associarmos maioridade coisas como seriedade, juízo ou tino (palavra que muito aprecio, porque apesar de se referir a prudência me lembra sempre o Tino de Rans). Mas a verdade é que eu também já ultrapassei os míticos 18 anos (embora não pareça e os porteiros de estabelecimentos nocturnos nunca acreditem sem provas documentais) e nunca cheguei a transformar-me na pessoa adulta (a.k.a. enfadonha) que os 18 anos prometiam. Acredito que o mesmo vá suceder com as PF. É que se a maioria das pessoas diz que tem "uma criança dentro de si", nós fazemos questão de botar essa criança cá para fora. Sem que isso constitua interrupção voluntária da gravidez, atenção. Se ser infantil é conservar a capacidade de brincar com tudo e ter aquela particularidade tão desconcertante de dizer as verdades inconvenientes, então as PF são e serão infantis por muito tempo. Eu sou, com "eles" (e estes "eles" já são tantas pessoas!) há mais de quatro anos, e mais recentemente com o Canal Q, há exactamente um ano. Deixo-vos aqui um exemplo do que é o espírito das PF 18 anos depois, do Q um ano depois, e meu, 25 anos depois. "Solta a franga e vem com a gente!".