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Monstro Bolero

Monstro Bolero

29
Ago11

O medo é uma cena que me assiste (bué)

Joan@

Tenho medo de cães. E de gatos. E de hamsters, porquinhos da índia, furões, doninhas, baratas, osgas, lagartos. Tenho medo de peixes de aquário - uma vez uma amiga minha tentou "curar-me" desta fobia por animais e ofereceu-me um aquário com os ditos cujos lá dentro, não demorou mais que 3 dias até eu os doar, tipo "passa a outro e não ao mesmo" - tenho medo doutros peixes, basicamente de todos os que não estejam escalados num pratinho, ladeados por limão e feijão verde. Tenho medo de ferozes tubarões ou de fofos golfinhos. Não faço distinções. Vacas, cavalos, ovelhas, todos me atemorizam. Tenho medo de montanhas russas. De desportos radicais. De agulhas. De todo o tipo de exame médico. Tenho medo de doenças, e acho sempre que vou falecer duma diferente a cada semana. Tenho medo de andar de avião. E de carro, quando vou na condição de passageiro. E por falar nisso, de autocarro também, que aqueles tipos da Carris acham todos que nasceram para ser o Fangio. Helicópetro então nem pensar. Nem motas. Também tenho medo de andar de bicicleta, embora tencione superá-lo um destes dias. E de patins e de skate - esses já desisti de superar, morrerei com eles. Tenho medo de elevadores. Tenho medo de multidões. Tenho medo de espaços fechados. Tenho medo de ladrões (essa entidade abstracta). Tenho medo do mar. Tenho medo de ficar fechada em casas-de-banho, e isso acontece-me demasiadas vezes. Deve ser o meu medo que actua sobre fechaduras, estragando-as para todo o sempre.

 

E a juntar a todos estes medos já identificados e catalogados, há ainda o terível medo do desconhecido.

 

Os destemidos sempre foram admirados, e hoje mais que nunca, quando o vídeo mais visto do YouTube mostra um tipo a quem o medo não assiste, mesmo na hora de espetar a tromba no alcatrão. Ainda assim gosto de acreditar que a falta de inteligência e o medo são inversamente proporcionais. Perceberam, não é? Prefiro ser considerada um pequeno génio incompreendido do que uma grandessíssima mariquinhas. Isto porquê? Porque tenho medo de que me apontem na rua! Não, vá lá, deve ter sido a única fobia de que nasci a salvo - o medo do ridículo. Caso contrário este texto nunca poderia existir.

 

PS - E apesar desta infindável lista (à qual podia juntar mais 480 coisas) conheço pessoas com medos ainda mais estranhos do que eu, nomeadamente: anões e pêssegos. Felizmente estas fobias não pertencem à mesma pessoa, porque vivem-nas com tal intensidade que a visão de um anão com uma lata de melocoton em calda nas mãos podia ser mortífera.

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