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Mai05
Jorge Palma Superstar
Joan@
E quando pensamos que não pode haver pior do que Dulce Pontes, eis que surge Jorge Palma para atormentar as nossas noites! Com a sua horrível camisa vermelha (que no final do espectáculo, se tudo correr mal como é suposto, acaba totalmente aberta permitindo ver uma brilhante barriga esbranquiçada), com a sua inconfundível postura de bêbedo-ganzado-a-tropeçar-quase-a-caír-a esquecer-se-das-letras-a-dizer-piadas-sem-graça, e sobretudo, sempre a desafinar! As letras não comento, não por causa do seu conteúdo mas porque não consegui ouvir nada, de tal forma era apagada a voz do senhor, esmagada debaixo do seu piano. O público, também ele peculiar sem dúvida. De falta de interactividade não podemos acusá-los! Gritavam para o palco, diziam frases enigmáticas como "Vem aí o D. Sebastião", e tratavam o "Jorge" como se tivessem andado com ele na escola - e se calhar andaram mesmo porque a plateia daquela noite não levava mais do que a turma de 1969 (com um ou outro professor incluído). Este espectáculo teve a mais valia de ser mais curto que o da amiga Dulce, contudo as grandes quantias em gorjetas desta vez não apareceram para "salvar o dia" (a noite, neste caso), o que me leva a crer que os fervorosos fãs do Palma seguem todos os seus passos, até os que o levam às prateleiras das bebidas brancas no supermercado, gastando aí toda a sua fortuna.