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Monstro Bolero

Monstro Bolero

06
Jun07

Não tem uma pessoa filhos para isto...

Joan@
Faltava completar a frase com: "para andar a aturar os filhos dos outros". Mas não. Aquilo que aqui vos trago é pior, bem pior!
Uma pessoa não tem filhos e depois tem que tratar do... carro! Em vez de fraldas e pó talco, são ambientadores, limpa-vidros e mariquices que tais. Em vez de pagar a babysitter e o colégio, paga-se um seguro cujo valor dava para fazer o seguro de vida de trigémeos com doenças degenerativas. Em vez de o levar médico para um senhor o pesar, lhe dar vacinas e dizer que "está lindo" leva-se à revisão para um senhor olhar para ele de raspão e encontrar algum defeito. Em vez de o termos a dormir numa alcofa ao pé de nós, temo-lo à chuva e ao sol (não simultaneamente) no meio da rua. Em vez de ele fazer desenhos para nos oferecer no dia da mãe, há senhores que fazem gravuras de Foz-Côa nele, com chaves ou outros objectos pontiagudos, sem se preocuparem sequer com que dia é. Em vez de os vermos aprender o abecedário e a fazer contas de somar, vemos os mais diversos alertas começarem a aparecer: check ao óleo, depósito vazio, cintos mal postos...
O que torna tudo isto dramático é que até gostamos deles como os pais gostam dos miúdos... Ao ponto de lhes darmos nome e conversarmos com eles enquanto estamos ao volante. Diálogos absurdos entre nós e a caixa de velocidades, confissões ao tablier que são, numa palavra, ridículas (como, de resto, todas as cartas de amor, já dizia "o outro").

E no fim disto tudo, tinha que haver alguma compensação. Qual é?
As crianças não têm bancos ergonómicos...

06
Jun07

Monstro Gourmet

Joan@


Inicia-se neste momento mais uma rúbrica fascinante deste não menos fascinante blog. Protagonizada por quem? Pelo Monstro, claro. Que é o quê? Fascinante, nem mais!

E o primeiro produto a ser submetido à criteriosa análise do Monstro é, nem mais nem menos do que este: Chocolate Pantagruel. Este é um artigo de fina culinária que, numa palavra: cumpre. Não sei bem o que isto quer dizer mas dá um aspecto oficial à coisa. Pantagruel, um chocolate com um cruel destino traçado. Por trás da emabalagem naif, em tons de caixote de cartão, esconde-se uma placa de cacau atormentada pelo seu fim anunciado: uma morte lenta e dolorosa em banho maria, para uma transformação inglória em mousse ou bolo brigadeiro, em que os méritos da matéria-prima não chegam a ser esquecidos, porque simplesmente não são lembrados. É inglório para um produto da qualidade de Pantagruel.


E quando pensamos que Pantagruel é um dos melhores nomes que podia ser dado a um produto alimentar com vista ao "derretimento", eis que surge um irmão de sangue (ou colega de profissão, como preferirem): Belleville. Também o há em barra e em pó. Merecerá talvez, um dia, um post exclusivo para falar das suas virtudes. Mas isso só quando ultrapassar a segunda divisão do chocolate. Para já, na primeira liga dos derivados de cacau Pantagruel é rei e senhor. O preferido das donas de casa.

Estrelas: * * * *
Observações: deve ser consumido à temperatura ambiente, embora às vezes se torne difícil proceder ao corte sem recurso a serra eléctrica. Tempere com Paprika. Ficará óptimo.

... com selo de qualidade monstro bolero ...
06
Jun07

Com quatro letrinhas apenas se escreve...

Joan@
Isto de chegar a casa a tempo do telejornal, de tão raro que é, dá azo a grande entusiasmo e estupidez da minha parte, o que resulta nisto:
"Nani passou nos testes e já pode assinar".
Ok... o facto de eu já ter ultrapassado a fase da socialização primária e estar integrada na comunidade portuguesa, reconhecendo símbolos e signos (ainda que fraquinhos) como "Sporting", "contratos", "futebol", e até interjeições como "Nani" (da família de outras mais conhecidas como "Omessa" e "Oba!"), não impediu uma associação de ideias, bastante livre, diga-se: ora se Nani só depois dos testes se viu livre para assinar, parece-me óbvio que o teste era de português. Por outro lado, e tendo em conta que depois de aprovado nesse exame, o único acto de escrita para o qual foi dado como apto foi a assinatura, calculo que a prova tenha sido mais fácil que a de inglês técnico do Sócrates. Indo mais longe ainda (porque no que toca a associações livres, quando começo tenho dificuldade em parar - tal como com associações recreativas em época de festas populares) - para um teste de português ser fácil ao ponto de Nani passar com distinção e louvor... de que constaria??

Deixo algumas hipóteses no ar: ordenar três letras do alfabeto (b, a e c, mais precisamente, com uma pista em baixo, dizendo que o a nunca fica no meio e que o c vem sempre no fim); preencher o espaço em branco na frase "O Nani é bué da ____" com uma de três palavras: eloquente, aprazível ou bom; indicar o significado de "excrescência carnuda e avermelhada", de entre os três - Luís Filipe Vieira, Simão Sabrosa ou carúncula. Ok, esta era difícil. Vá-s lá saber se a resposta era Vieira ou Sabrosa... Mas Nani foi certamente capaz de acertar. Como prémio, recebeu um caderno de duas linhas para treinar as letras N, A e I. Horas depois, e já com algumas dores na mão esquerda, um dos membros da equipa técnica disse-lhe que ele não era canhoto e podia escrever com a outra... Estava então pronto para o grande momento. Assinar. Assim: N + A + N + I. Espectacular!!!
06
Jun07

Manifesto Anti Netcabo

Joan@
A netcabo tem de ir ao psiquiatra. Já.
E ele com certeza fará o diagnóstico óbvio, salta à vista: inconsistência simbólica e fragilidades identitárias. Que é como quem diz, não sabe quem é, de onde vem, nem para onde vai. Mas talvez eu lhe possa dar uma ajuda... Vai à vida não tarda nada porque ir abaixo de cinco em cinco minutos, mais do que dar azo a trocadilhos brejeiros como "além de inconsistência sofre de impotência com certeza", dá uma enorme irritação, isso sim. E é do cimo dessa grande irritação que escrevo isto, para vos dar conta da impossibilidade de fazer importantíssimos uploads, nomeadamente, respectivamente, designadamente e somente o grande "A minha avó é uma artista de varieades Take 4". E isso enerva-me. Sobretudo porque as contas continuam a ser pagas, mesmo quando a netcabo tem um comportamento que... tecnicamnte não sei como se cataloga mas aqui para nós é fácil: muito aproximado da debilidade mental, roçando mesmo a estupidez total e absoluta.
06
Jun07

"Homem tenta pular no papamóvel" - ou como as noícias são tão mais giras em brasileiro

Joan@
Quando vemos um simpático jovem tentar, desesperadamente, dar uma voltinha no Papamobile... e o dito cujo Papa não tem a bondade de o levar até ao fim da rua sequer... colocamos tudo em causa. É como destruir o sonho de uma criança de andar no Batmobile, mas na versão branca e evangelizada da coisa. Afinal de contas, custava muito dar uma boleia ao moço? Que é feito do teu espírito cristão, amigo Ratzinger? É que nem se dignou a olhar pelo retrovisor...
06
Jun07

Constipação

Joan@
Estar constipado no verão é uma posição demasiado dúbia, para não dizer bastante irritante. É como estar de cachecol e blusão de penas na Polinésia Francesa. É como comer peixe cozido com feijão verde num banquete de casamento. É como ter sede e não ter água canalizada, ter o frigorífico vazio e a dispensa forrada com pacotes de sal Vatel (tem de ser Vatel, senão está o cenário estragado). No fundo, estar constipado no Verão é uma condição humana tão filosoficamente inexplicável que é preferível optar pela ciência, e compreende-la segundo o paradigma da física quântica inventado agora mesmo por mim e patenteado aqui e agora com o número 1573264: o paradigma do On/Off. E funciona da seguinte maneira: ter frio/ter calor, ter frio/ter calor, ter frio/ter calor. É complexo eu sei, mas se lerem mais algumas vezes talvez cheguem ao âmago da questão. E pronto já escrevi âmago, posso parar. Antes que tenha calor outra vez.
02
Jun07

Backstreet's Back Alright!

Joan@
É preocupante. Mas eu confesso. Só consigo pensar nas grandes questões da vida ao som de boys bands.
Para crises existenciais serve um "Show me the meaning of being lonely", por uns fantásticos Back Street Boys. Se falamos no fim dos recursos naturais e na insustentabilidade da condição humana no planeta Terra... talvez um "Bye Bye Bye" dos falecidos N'Sync. Para a enorme complexidade das relações interpessoais, nada como recuar aos clássicos (sim, que isto das boys bands já tem antiguidades): "Back for Good" dos Take That serve muito bem. Para uma agradável reflexão sobre os direitos e liberdades individuais, e os limites impostos pela vida em comunidade, pode ser um "Flying Without Wings" dos Westlife. Se tiver que pensar forçosamente em termos de teoria da imagem e representação, que é como quem diz "estar em véspera de exame", "Picture of You" dos Boyzone é do mais apropriado que há, para compreender em profundidade a questão platónica da imagem enquanto simulacro. Quando penso em igualdade e justiça social, ouço logo na minha cabeça um "Guilty" artificialmente afinado dos Blue. E quando penso em empadão de atum, a banda sonora é óbvia: "Eu Sou Aquele", by Excesso. E agora dizem vocês "Mas empadão de atum não é uma grande questão da vida". E eu respondo "bem observado, mas os Excesso também nunca foram propriamente uma boys band, por isso não é por aí..." E até digo mais, já que aqui estou... Sempre que quiser pensar nos horários da Rede da Madrugada dos autocarros da Carris ouvirei "A Rainha da Noite", dos D'Arrasar.
Alguma coisa contra? Aposto que não.
Agora tenho de ir...que o meu iTunes já toca "When You Say Nothing at All" e apesar do Ronan Keating assim avulso não poder ser considerado uma boys band, acho que merece um pensamentozinho que seja à sua altura. Sobre o aquecimento global ou assim...

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