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Monstro Bolero

Monstro Bolero

26
Jul07

Big Máfia

Joan@
Toda a gente sabe que existem duas, e só duas, formas de ser conhecido. Famoso. Admirado. Temido. Apontado na rua. Apoiado e vaiado. Fotografado. Entrevistado. Falado. Todas essas coisas fascinantes.
Primeira forma - entrar num reality show.
Segunda forma - cometer um crime.
Esgotada a primeira hipótese acho muito normal que ISTO esteja a acontecer. E estes são apenas os pioneiros. Big Bruno e Big Mário. Imaginem a vaga de assaltos que vai atingir o país quando se lhes juntarem Big Zé Maria, Big Elsa, Big Susana, Big Telmo, Big Célia, Big Marco......
Um verdadeiro gang organizado, cuja cabecilha consta que é... Teresa Guilherme. Mas isso agora "não interessa nada".
26
Jul07

Festivais de Verão

Joan@
Cabala. Mais uma. Desta feita no mundo da música. Andam para aí a publicitar festivais de Verão... ele é Delta Tejo, ele é Sudoeste, ele é Super Bock... E do VERDADEIRO festival ninguém fala. Felizmente está cá o monstro, para vos fazer ver a luz. Ou, por outra: ver a Ruth Marlene, a Mónica Sintra, a família Carreira (tudo indica que são dois, mas quem sabe não aparece um terceiro talento musical até lá), Emanuel, Toy, Romana... Enfim, os pesos pesados da música nacional e internacional (desde que por internacional consideremos apenas Paris, Luxemburgo e Newark), estão todos lá. Festival Cofidis é o nome. Difícil mesmo vai ser decidir qual o dia mais forte, com estas cabeças de cartaz... Tony, Mickael ou Emanuel? A vida é feita de escolhas. Mas como nunca tive talento para a coisa, se calhar o melhor é mesmo ir os três dias. Não consigo optar. Eles olham para a direita, e pisca pisca, eles continuam chamando-me assim (bébé), eles pimba, eles estão estupidamente apaixonados, eles ... baralham-me.
Uma questão pertinente (ou nem tanto): sendo os outros festivais patrocinados por bebidas, alcoólicas ou não... e este pela Cofidis... o que será que se vai beber durante a noite? Garrafões de vinho a martelo, pago em suaves prestações fixas? Ou aguardente para quem tenha um plafond mais alargado? Pensem nisso. Enquanto ouvem Ana Malhoa dizer "yo soy tu gatita"...
11
Jul07

Jornalistas

Joan@
Era muito vergonhoso para alguém dizer que papa episódios consecutivos dos "Jornalistas" em reposição na SIC Mulher não era?
Também acho que sim...
E mais vergonhoso ainda se ao ver, se lembrasse de cor do que acontecia em cada episódio, não era?
Pois..
E pior... se ainda por cima na altura em que viu a série pela primeira vez, tivesse a grande convicção de que ia ser jornalista e de que aquilo era tudo giríssimo?
Vergonhoso, não?

Ainda bem que isto não tem nada a ver comigo. (Nota: no episódio de ontem o Zé António Caixinha, aquele que mora com o Paulo Pires, o fotógrafo... Ah, desculpem. Distraí-me).
11
Jul07

Férias

Joan@
As melhores férias de todas são as férias dos outros.
Deixa de haver trânsito na cidade.
Passa a haver lugar para estacionar à porta de casa.
Deixa de haver filas no supermercado, no café, nas lojas.
Passa a haver lugar de honra para nós em todos os transportes públicos.
Em vez de irmos para uma ilha paradisíaca, a nossa rua transforma-se numa ilha paradisíaca.
Sem gastar dinheiro. Sem perder tempo. Sem jet lag. Sem gastos supérfluos em souvenirs, porque não há copinhos de shot a dizer "Linda-a-Velha" nem sequer t-shirts com declarações amorosas ao concelho de Oeiras. Sem fazer e desfazer malas. Sem estranhar os colchões e almofadas doutros sítios. Sem ter vizinhos barulhentos na suite do lado. E sem vizinhos barulhentos no andar de baixo também, porque foram para o Algarve. E sem vizinhos em cima porque foram "à terra". E sem vizinhos em todo o prédio porque estão de férias.
E deram-me férias a mim também!
Que chato que é.
08
Jul07

Viagem ao Centro da Terra

Joan@
... terra essa chamada Vila Franca de Xira. Depois de uma semana a combinar esta longa jornada, é sempre bom ver que no momento de arrancar uma das tripulantes diz alegremente que "vamos para o Barrete Vermelho", quando na verdade rumávamos ao Colete Encarnado. Ok, sempre acertou no tom, já foi uma sorte não sair dali um "Ceroulas Verdes" ou "Corpete Laranja". E lá fomos nós. Na incerteza. Seríamos nós capazes de alcançar essa terra distante? Conseguimos. Basicamente porque foi mesmo sempre em frente. Mas chegámos, e isso é que interessa. E logo percebemos que aquela noite prometia. Junto à "danceteria Dó Ré Mi" todo o povo delirava, e eu lancei o mote da noite - "dançar como os nativos". Na mesma lógica de ser Romano em Roma, importava ser Vilafranquense em "Villefranche, la cité que não dorme, pá!" - novo slogan da cidade. Precisamente por ser um misto de Big Apple, com um toque de sofisticação francesa e com um inegável espiríto castiço, que se nota na entoação do "não dorme pá, não dorme!". E lá fomos nós, seguindo a agitada coreografia dos nativos, que pareciam estar a sofrer de descargas eléctricas. Entre a zona techno e o agro-pop do Quim Barreiros, pousamos para as objectivas de uns nativos especiais, todos vestidos de azul escuro e com uma mesma inscrição nas costas - Polícia. Só faltou terem-nos dado uma chapa com o nosso número de identificação prisional. Como não deram, nós mantivemos a pose alegre, como se eles fossem convidados do nosso aniversário, amigos de longa data. Provavelmente na próxima vez que lá voltarmos encontraremos as nossas caras assinaladas como "Wanted, Dead or Alive". Mas uma coisa é certa - estamos bem na foto! Com a alegria de estrangeiras numa ilha distante, em que ninguém nos conhece e os polícias tiram fotografias, antes de lhes virem dar o lanchinho em sacos de plástico - pãezinhos com fiambre, bananas e pacotinhos de leite (perdendo a pouca autoridade que ainda tinham!). Alegria essa que quase se desfez quando um dos membros da nossa trupe foi descoberto por um conhecido, que lhe perguntou o que fazia ela ali. Ela gaguejou mas resistiu, com a justificação mais convicta, coerente e... parva, da história: "Eu.... bem... eu vim com uma amiga minha que é de cá... Ela por acaso não veio". E esta coerência estendeu-se aos restantes membros da equipa que proferiram frases míticas como: "o miúdo é engraçado mas não tem graça nenhuma" ou "ele chamava-se joão, mas na verdade é miguel, embora se chame joão". E para chegar a este estado nem tivemos que beber o mesmo que os nativos. Já somos assim ao natural - o que torna tudo bem mais grave, mas bem mais económico também! Felizmente fomos acompanhadas por uma psicóloga, que trata os nossos dificeis sindromas, e por uma médica que tem diagnóstico pronto para todas as maleitas. Curiosamente, é sempre o mesmo: racutan. Racutan nas unhas, racutan no cérebro, racutan nos ouvidos. O que é? Ninguém sabe! Dizem os antigos que deriva de rasgo cutâneo, mas aplica-se a todo o organismo. Se lhe dói alguma coisa, não mate a cabeça a pensar no que terá. Tem um racutan, senhora!
Para o ano lá estaremos. Junto ao dó-ré-mi, ao nativo de colete (não encarnado mas de cabedal), aos locais de patilhas e lenço ao pescoço, aos índios cantando Sarah Brightman aos brasileiros combinando o local do próximo crime. Cosmopolita este lugar... lá está... Villefranche, lá cité que não dorme, pá!

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