Termo de Comparação
Os Morangos com Açúcar, enquanto catástrofe natural que são, obedecem à mesma lógica dos tufões, tornados, tempestades, ventanias em geral e terramotos em particular: costumam ter pequenas réplicas. E a pequena réplica dos Morangos chama-se Rebelde Way, e vem inaugurar uma nova categoria, que podia dar pelo nome de "ah, afinal é possível muito pior!". E não é que é mesmo? Rebelde Way é assustador em tudo: desde o actor que fazia de feio em Floribella ou Chiquititas ou lá o que era, e agora com um acrescento de gel no cabelo acha que já pode fazer de galã, até às meninas do colégio que parecem as participantes derrotadas dum casting para o Ballet Rose, sem esquecer a intrincada narrativa (ou falta dela!) e, claro, o facto de haver alguém que ao contracenar com Silvia Rizzo faz com que esta pareça uma actriz e não a consumidora número 1 de "Frescos" em Portugal. E tudo isto podia ser óptimo, se fluisse. O problema é que pura e simplesmente não flui. Se Rebelde Way fosse um carro (além de ser claramente um Seat amarelo, rebaixado, oriundo de Corroios) era daqueles que estão sempre empanados.
E quando se muda para o canal do lado, Morangos com Açúcar parece, pronto, um simpático Opel Corsa. De repente, parece que estamos a ver uma história muitíssimo bem elaborada (só durante os primeiros 10 segundos, leia-se). É este o terrível perigo da concorrência!