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Monstro Bolero

Monstro Bolero

15
Dez08

Inquérito de Verão Fora do Prazo

Joan@

Alguém falou em desafios infantis, que entusiasmariam qualquer aluno da pré-primária ou pessoas com o nome começado em Joana e acabado em Marques? Eu não faço de propósito, eles vêm ter comigo. Mais precisamente na 39ª página do Google, através das palavras "desafio + infantil + blog + por favor". Este é um desafio com D grande, que podia até transformar-se num i. Um i de "Inquérito de Verão", a melhor invenção dos jornais e revistas, maior até que a do próprio Gutenberg (a imprensa, justamente).

 

Aqui vai um desafio tão básico, mas tão básico, que já estou nervosa, mesmo antes de começar. Tem o inventivo nome de "Se eu fosse", o que ao mesmo tempo faz lembrar uma música do Pedro Abrunhosa. Mas não vamos por aí, que eu preciso de me concentrar.

 

- Um mês - Janeiro, claramente. Não por ser "o início dum novo ciclo para todos nós". Não gosto de passas nem de champagne, nem da euforia programad à meia noite. E também não gosto especialmente de "vocês". Janeiro passou a ser um bom mês em 1986, porque eu nasci. (tenho estes momentos-tentativa-de-narcisismo mas na verdade sou um doce).

- Um dia da semana - quarta-feira, porque está suficientemente longe do último domingo para já o termos esquecido e longe qb do próximo para não pensarmos nele ainda.
- Um número - três, porque foi a conta que Deus fez, e os outros números não têm frases de apresentação com este gabarito. E porque nasci no dia 3, já agora... (parece mais razoável!)
- Um planeta - é aqui que as coisas começam a melhorar, como é que é suposto as pessoas escolherem coisas que não conhecem? Já dizia a Nelly Monserrate... "Não negue à partida..." Eu conheço bem os meses, os dias e os números (pelo menos os decimais), agora planetas? Vejo-me obrigada a escolher Terra, à falta de comparativo.
- Uma direcção - seria a que o GPS me mandasse, que eu escolho sempre a errada.
- Um móvel - um aparador, porque sempre imaginei que fosse um afia-lápis gigante, para ter na sala. Foi uma desilusão quando percebi que era só um móvel banal. No fundo é o que acontece comigo. As pessoas acham que eu sou uma invenção fantástica e depois conhecem-me.
- Um líquido - Eu já sou um líquido, sempre que saio do ginásio.
- Um pecado - Claramente a gula. Mas não devia ser considerado um pecado. Afinal de contas, se Deus é o criador supremo, foi ele que criou as bolachas, portanto, estou apenas a comer corpo de Cristo numa outra configuração. Com chocolate. E pepitas.
- Uma pedra - Era a trigésima quarta, a contar da esquerda, na calçada da Praça Luís de Camões.

 

To Be Continued (que é como quem diz esta-porcaria-é-muito-gira-mas-nunca-mais-acaba!)
 

15
Dez08

O livro mais próximo

Joan@

Vi algures no meu périplo dominical por blogs (que é o que os comuns mortais chamam de "anhar", mas nunca apreciei a expressão), um desafio que me pareceu suficientemente parvo para merecer uma resposta aqui.

 

Dizia assim:

1. Agarrar o livro mais próximo.

2. Abrir na página 161.

3. Procurar a 5ª frase completa.

4. Colocar a frase no blog.

5. Não escolher a melhor frase nem o melhor livro!!! Utilizar mesmo o livro que estiver mais próximo.

6. Passar a 5 pessoas.

 

 

Agarrei no primeiro livro da secção "estou a ler, estou a meio, tenham calma", mais precisamente Terapia, do David Lodge. Abri na tal página e a conclusão é esta: "O Bolinha tirou o chapéu e a chuva deslizava-lhe pela careca até à ponta do nariz e do queixo".

 

Ficaram curiosos não foi? Calculo! Para saberem como acaba esta cena com enorme carga dramática terão mesmo de adquirir o livro. Não empresto este porque me foi emprestado a mim. E subempreitadas de obras literárias é desagradável. Quanto àquilo de "passar a 5 pessoas", como se fosse uma mononucleose, não contem comigo! Responder a desafios parvos tudo bem, é divertido, entrar em correntes é uma mariquice.

13
Dez08

Deixa cá ver se percebi

Joan@

Os Delfins, para gáudio de uma generosa fatia da população, anunciaram aqui há umas semanas que vão acabar.

Agora, lançam um novo cd, ao qual podem referir-se não só como "mais recente" mas como "último", no sentido literal do termo.

É um Best Of? Um Greatest Hits? Não.

A maioria diria que essas expressões não podem surgir junto do nome "Delfins". A maioria. Eu não. Não posso! As minhas memórias do ensino básico, ao som de Não Vou Ficar (banda sonora do "Adeus Pai"), não me permitem a hipocrisia de apontar o dedo a essa lendária banda nacional.

Agora, o facto de alguém anunciar a sua retirada definitiva a 31 de Dezembro, e depois marcar uma série de concertos que se estenderão pelo ano novo fora... já me parece bastante criticável, não?

Então critiquem-na.

Eu continuo a sentir, ainda assim, que não posso. É que lembrei-me entretanto que para além dessa também ouvia muito "A Cor Azul" e "Sou Como Um Rio".

Vendo bem, eu devia é estar a chorar a despedida dos Delfins e a lamentar que a tournée acabe em 2009 e não em 2019...

 

13
Dez08

Às vezes é preciso tentar entender...

Joan@

... o que a vida tem de mais profundo.

 

Outras vezes, basta tentar perceber para que servem pequenas invenções, como o rechaud, a raclet (no domínio da cozinha) ou o twitter (no domínio do poder de síntese).

 

Se não tiverem nada de útil para fazer, podem assistir às minhas tentativas em twitter.com/monstrobolero.

 

E se não tiverem mesmo nada de nada de útil para fazer, podem twittar vocês próprios... Se é recomendável? Não sei!

10
Dez08

Taxista do (último) Dia

Joan@

Podia dizer "depois de muitos anos a andar de táxi..."

Mas seria um início de conversa enganador. Eu raramente ando de táxi... Para compensar (ou, se quisermos, como castigo de Deus, todo poderoso) nos últimos três meses fiz um tratamento intensivo... E cheguei à fala com mais de cinquenta senhores "motoristas de táxi", como eles dizem! De todos eles o melhor foi sem dúvida este que aqui vos deixo, e cujo vídeo não retrata nem metade da qualidade da conversa do senhor. Um homem que se queixa, amargurado, da falta de vontade dos passageiros de fazerem amizade com o taxista. Um homem que disse, entre outras coisas, que às vezes levava pessoas para a Costa da Caparica, ia jogar matraquilhos com elas, e o taxímetro continuava a contar. Um homem que fala com saudade do seu início de carreira no taxismo. 

Só por esta, já valeu a pena!

 

 

 

Agora vou poder voltar a dar uso exclusivo ao meu carro, e deixar estas memórias sobre taxistas transformarem-se numa espécie de mito para contar aos netos. Boas viagens!

 

 

08
Dez08

TV Portugal

Joan@

Ver a RTP Memória é, entre outras coisas, perceber que a televisão pode de facto ser ainda pior do que é hoje em dia. Já foi!

Acabo de ver a Simara cantar uma música chamada "chupa aqui, chupa lá", com versos como "larga que há mais quem queira mamar", enquanto espetava chuchas energicamente na boca das pessoas da plateia.

Estava diferente, a Simara... A gordura fez-lhe bem. Agora ao menos canta músicas deliberadamente infantis.

 

08
Dez08

Sinal de Partida

Joan@

Está aí o Natal.

E não digo isto pela secção de chocolates dos hipermercados, que já em Novembro me fez parar e perguntar se estavamos perto da Páscoa (tristemente verídico este episódio), nem sequer pela epidemia de Pais Natal Trepadores que já se vêem junto das janelas, competindo com as bandeiras desbotadas da era Scolari. Não digo isto sequer pelas iluminações das ruas, os panfletos do Toys R Us ou as árvores de natal que sofrem de gigantismo um pouco por tudo o que é centro comercial...

Digo isto, com toda a certeza, porque ontem deu o Sozinho em Casa 3 na televisão.

A quadra natalícia já não é marcada pela cerimónia de montar a árvore de natal ou o presépio. É marcada pela filmologia de natal, mais especificamente pelo sub-género "crianças abandonadas". Começamos por esta versão fraquinha, com um miúdo que nem é o original, e à medida que nos aproximamos de dia 24 chega o verdadeiro Macaulay Culkin (este nome soa sempre melhor quando dito por miúdos da pré-primária, é que eles sempre têm desculpa para se engasgar). Quando vemos o espectacular "Perdido em Nova York" deixamo-nos invadir pelo espírito de natal, e preparamo-nos para ver, em pleno dia 25, o ET, recitando de cor todos os diálogos do filme. Com sorte, antes do entardecer ainda temos direito a ver os Goonies. E para os resistentes, que não morrem intoxicados com as doses cavalares de peru (repararam na incongruência de juntar cavalos e perus?), há sempre um qualquer filme de três horas sobre a vida de Cristo.

Ámen.

06
Dez08

Aqui Jaz Joana Marques

Joan@

Muitas vezes as pessoas falam sobre o que querem que seja dito sobre elas quando morrerem. O meu desejo é apenas um. Podem deixar de lado os comentários elogiosos à minha pessoa (nessa fase cadáver) e aqueles clichés como "era uma grande mulher" (até porque no meu caso não se aplica de todo). A única coisa que quero que seja dita no meu velório é: "falso alarme! ela mexeu-se! está viva!".

 

Façam lá esse jeitinho.

05
Dez08

Mais um.

Joan@

Num momento em que estreiam o (octagésimo oitavo) musical de Filipe La Feria e o filme sobre Amália Rodrigues, o nosso sketch do Cromo da Bola não podia deixar de ser musical. Uma pequena mas sentida homenagem...

 

 

 

O conteúdo deste vídeo é da exclusiva responsabilidade de: Ana Ribeiro, Roberto Pereira, Joana Marques, Luís Franco-Bastos, da equipa do Benfica em geral e do Quim em particular, que no saudoso Euro 2000 (saudoso por ainda haver um guarda-redes de jeito na baliza nacional) era apresentado pelos locutores ingleses como "Joaqum Quim".

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