Inquérito de Verão Fora do Prazo
Alguém falou em desafios infantis, que entusiasmariam qualquer aluno da pré-primária ou pessoas com o nome começado em Joana e acabado em Marques? Eu não faço de propósito, eles vêm ter comigo. Mais precisamente na 39ª página do Google, através das palavras "desafio + infantil + blog + por favor". Este é um desafio com D grande, que podia até transformar-se num i. Um i de "Inquérito de Verão", a melhor invenção dos jornais e revistas, maior até que a do próprio Gutenberg (a imprensa, justamente).
Aqui vai um desafio tão básico, mas tão básico, que já estou nervosa, mesmo antes de começar. Tem o inventivo nome de "Se eu fosse", o que ao mesmo tempo faz lembrar uma música do Pedro Abrunhosa. Mas não vamos por aí, que eu preciso de me concentrar.
- Um mês - Janeiro, claramente. Não por ser "o início dum novo ciclo para todos nós". Não gosto de passas nem de champagne, nem da euforia programad à meia noite. E também não gosto especialmente de "vocês". Janeiro passou a ser um bom mês em 1986, porque eu nasci. (tenho estes momentos-tentativa-de-narcisismo mas na verdade sou um doce).
- Um dia da semana - quarta-feira, porque está suficientemente longe do último domingo para já o termos esquecido e longe qb do próximo para não pensarmos nele ainda.
- Um número - três, porque foi a conta que Deus fez, e os outros números não têm frases de apresentação com este gabarito. E porque nasci no dia 3, já agora... (parece mais razoável!)
- Um planeta - é aqui que as coisas começam a melhorar, como é que é suposto as pessoas escolherem coisas que não conhecem? Já dizia a Nelly Monserrate... "Não negue à partida..." Eu conheço bem os meses, os dias e os números (pelo menos os decimais), agora planetas? Vejo-me obrigada a escolher Terra, à falta de comparativo.
- Uma direcção - seria a que o GPS me mandasse, que eu escolho sempre a errada.
- Um móvel - um aparador, porque sempre imaginei que fosse um afia-lápis gigante, para ter na sala. Foi uma desilusão quando percebi que era só um móvel banal. No fundo é o que acontece comigo. As pessoas acham que eu sou uma invenção fantástica e depois conhecem-me.
- Um líquido - Eu já sou um líquido, sempre que saio do ginásio.
- Um pecado - Claramente a gula. Mas não devia ser considerado um pecado. Afinal de contas, se Deus é o criador supremo, foi ele que criou as bolachas, portanto, estou apenas a comer corpo de Cristo numa outra configuração. Com chocolate. E pepitas.
- Uma pedra - Era a trigésima quarta, a contar da esquerda, na calçada da Praça Luís de Camões.
To Be Continued (que é como quem diz esta-porcaria-é-muito-gira-mas-nunca-mais-acaba!)