Eureka, agora eu sei! (*)
Sem falsas modéstias, tenho de dizê-lo: sou autora da descoberta que vai revolucionar a vida humana no século XXI.
É verdade. Não estava à espera mas, de há cinco minutos para cá, tornei-me numa séria candidata ao Prémio Nobel. Qualquer categoria seria possível: desde a física à medicina, porque além da enorme complexidade do meu invento, ele virá evitar, com toda a certeza, graves crises nervosas e outro tipo de patologias. Ainda assim, talvez me atribuam o Nobel da Paz. Porque de certeza que, ao partilhar convosco a minha descoberta, farei de cada um de vós uma pessoa mais feliz e mais serena. Depois disto, a vossa vida será harmoniosa, os pássaros cantarão e o sol brilhará todos os dias.
Estão prontos?
Então cá vai.
Antes disso, deixem-me só relembrar que esta descoberta é minha e já está, por esta altura, patenteada (os serviços de registo de ideias luminosas funcionam bem, mesmo ao domingo).
Invenção registada por mim às 10h32 de 19 de Outubro de 2008: "abrir caixas de cereais ao contrário, deixando o melhor para o fim e evitando aqueles restos esmigalhados que acabam por, já moles, ir passar os seus últimos dias ao caixote do lixo."
E esta, hein? Não estavam à espera, eu calculo.
Sou uma autêntica Thomas Edison dos Clusters, uma espécie de Graham Bell especializada em Kellogs Special K.
Escusam de agradecer.
(*) Frase proferida repetidamente por Ana Malhoa em 1996, aquando do Super Bueréré.