Bárbara volta a Guimarães
Aquilo de ser uma self-made-intelectual era muito cansativo, não era?
Ter de citar Proust e conversar com pessoas acerca de livros que não se vendem nos correios, que canseira!
Esforço desnecessário. Sobretudo quando se pode optar por voltar aos bons velhos tempos do "Furor", e cantar o "Amor" dos "Heróis do Mar", com uma data de estrelas das novelas da SIC.
A máscara caiu finalmente! (ou melhor, começou a cair no programa Páginas Soltas, em que parecia mais interessada nas lombadas e nos marcadores do que no que estava escrito nos livros). Mas é bom ver que Bárbara continua a dar uso à sobranceria herdada de Carrilho, que ganha todo um novo sentido quando usada para gritar histericamente coisas como "I'm Like a Bird! Nelly Furtado!". Cara Bárbara, que grande alívio, hein? Livrou-se dos Schumanns e Mozarts e Debussys de que o Maestro Vitorino d'Almeida falava e que estão mais que ultrapassados. Fez o tão desejado upgrade, dos compositores do Romantismo para os cantores românticos, como um Emanuel ou um Tony Carreira. Atreveu-se a cantar, que coragem! É sempre bom voltar às origens, não é?
(A parte de se parecer perigosamente com um travesti, ao nível da pintura dos olhos, é que era escusada, quer na versão intelectual quer na popular).