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Monstro Bolero

Monstro Bolero

26
Jun10

Serenidade

Joan@

"Ele tem assim um ar tão sereno...", diz a personagem de Cláudia Semedo, na novela "Jura", sobre um paciente que está em coma.

Só por isto valeu a pena andar a deitar-me ligeiramente mais tarde esta semana.

19
Mai10

Tudo tem o seu Q

Joan@

Muitas pessoas me perguntam o que eu tenho andado a fazer.

Mentira.

Só me perguntou a minha mãe, noutro dia... Mais precisamente "o que tens andado a fazer para chegar tão tarde a casa?"... seguido de "quando é que arranjas um emprego estável, como o teu irmão que é filósofo?".

Mentira novamente, vou parar com isto e seguir directa ao assunto.

O que eu tenho andado a fazer é passar os dias no 9º andar de um hotel. Infelizmente o negócio não inclui pequeno-almoço continental nem lavandaria. Inclui "apenas" um canal de televisão. É verdade, estamos a fazer televisão dentro dum hotel. Acho que desde a Pamela Anderson e do seu esposo Tommy Lee que ninguém se lembrava disto.

É o canal Q e está na posição Quinze do MEO.

E é bem jeitoso, diga-se. Aqui ficam algumas das coisas que por lá se têm passado...

 

   

 

 

 

 



13
Mar10

Em suma

Joan@

Então o que se passou foi isto (eu sabia que esta expressão um dia ainda ia ser útil):

 

Foram treze episódios, uns melhores que outros, como em tudo: mesmo que a velocidade de fabrico seja equivalente, a verdade é que escrever sketches (e protagonizá-los) não é o mesmo que trabalhar na linha de fabrico das conservas Manná (embora às vezes provoque mais calos na mão do que enlatar mexilhões de escabeche). Em vez de nos atormentarmos com as faltas de brilhantismo e de nos armarmos em vítimas de bullying da crítica e dos medidores de audiências, prefiro destacar o que melhor fica do que já passou. E, quanto a mim, foi isto:

 

(http://www.youtube.com/watch?v=0DZnnUT2FZI)

 

 

 

(http://www.youtube.com/watch?v=SWAbOsXMt9I)

 

 

 

(http://www.youtube.com/watch?v=jnq_mFEamcQ)

 

 

 

(http://www.youtube.com/watch?v=5GGXZRrc1f4)

 

 

 

(http://www.youtube.com/watch?v=lUsv5udi3SM)

 

 

 

(http://www.youtube.com/watch?v=VllP1AIlGiw)

 

 

 

(http://www.youtube.com/watch?v=y4j9a-Si3bA)

 

Se fosse um programa da manhã da SIC, agora entravam ramos de rosas e um bolo feito de massapão, e nós chorávamos todos e éramos felizes. Como não é, fico-me por aqui.

 

09
Mar10

A minha vida sem televisão

Joan@

Consta que na véspera do meu nascimento, a minha mãe viu a "Febre de Sábado à Noite" na televisão. Adorava que isto fosse um boato infundado que eu pudesse agora desmentir, mas parece que é mesmo verdade... Portanto a primeira personagem televisiva com que me relacionei foi o Tony Manero (empregado numa loja de tintas de dia, rei da dança de noite). Conta-se que a cesariana terminou comigo a dançar ao melhor estilo John Travolta. Esta parte felizmente já é mito urbano (até porque aqueles movimentos rápidos, feitos por um bébé ainda cheio de placenta, eram capazes de sujar muita coisa!).

A partir do dia 3 de Janeiro de 1986, a televisão esteve sempre lá. Ou melhor, eu estive sempre onde havia uma televisão. Lembro-me que não havia nada mais glorioso do que estar no meu bacio, de olhos fixos na TV. Que luxo, não ter de interromper qualquer visionamento para ir à casa da banho, fazer "o meu chichizinho" imortalizado por João Baião, anos depois, no "Big Show Sic".  Ficar doente era sempre uma alegria, porque era sinónimo de ter uma televisão emprestada no meu quarto, e entre medições de febre e antibióticos, poder consumir doses maciças de "Denver, The Last Dinosaur" ou dos "Gladiadores Americanos" (isto com alguns anos de distância, mas a alegria era a mesma).

Se não houvesse televisão, não teria tido direito a um comovente momento de amor fraterno, quando o meu irmão ligou para a RTP para defender os meus direitos, exigindo-lhes que passassem o "Babar", como prometido na programação. Sem televisão, podíamos esquecer os piqueniques em família, na sala, aos domingos, a ver o "Palavra Puxa Palavra". Há famílias que vão fazer merendas em Monsanto, a minha ia comer ovos quentes para a frente do António Sala. E bem agradável que era. No Verão, trocávamo-lo pelo Eládio Clímaco, enquanto tínhamos os pés dentro de alguidares de água fria e víamos os Jogos Sem Fronteiras. Quando chegava o Natal desligávamos a televisão, é certo. Mas apenas para brindar a família com uma performance dos irmãos Marx (trocadilho parvo com Marques), claramente inspirada nos programas do Herman José.

Nessa altura, a maior relíquia que guardava no meu quarto era uma televisão portátil, com uma antena tipo telefonia, que tinha saído na revista da Proteste e que o meu avô me deu, mal sabendo o tesouro que ali estava. E como foi útil nos meus castigos! Sempre que incorria nalguma asneira, coisa que acontecia com regularidade - já se sabe como é, os maus exemplos da televisão! - a pena era ficar sem televisão. E lá ia eu, orientando a pequena antena da TV portátil na direcção da janela, na esperança de perceber alguma coisa do que se estava a dizer no "Não Se Esqueça da Escova de Dentes" da Teresa Guilherme. Porque no dia seguinte, na turma da 4ª classe, todos iam falar do concorrente que apareceu nu. E saliento que aqui não era de todo a nudez masculina que me interessava, mas sim o perigo de poder perder um evento televisivo. Quando chegava ao intervalo, a televisão continuava pelo recreio, quando brincávamos ao "Chuva de Estrelas" (felizmente sem José Nuno Martins), ao "Juego de La Oca", uma tendência muito moderna, vinda da nova TVI, ao "Furor" e às "Marés Vivas"  - o escorrega era a torre de controlo.

E havia lá melhor coisa do que chegar a casa ao som do genérico da Rua Sésamo. E ficar ali no sofá vendo os desenhos animados da Vera Roquete. E o orgulho incontido que foi quando ela afixou na sua parede o desenho que eu tinha enviado, um Tom Sawyer com um traço inconfundível? Memorável.

E não se pense que isto é um daqueles fenómenos que passa com a idade. Estamos a falar de uma doença complexa, não de uma mera enurese! Felizmente nunca afectou o meu rendimento escolar, porque lá fui conseguindo fazer um trabalho de português baseado no "Juiz Decide", e outro no "Sofá Vermelho", mais um de História imitando José Hermano Saraiva e os seus "Horizontes da Memória."  As noitadas de estudo, essas, eram passadas na companhia de um bom "Nunca Digas Adeus", com Lídia Franco a fazer de actriz de novela mexicana.  É verdade que não fiz a "quarta classe antiga" que muitos gabam, confesso que não sei estações de comboio e apeadeiros de cor, mas consigo reproduzir cenas de produtos televisivos tão ilustres como "Farmácia de Serviço" (uma coisa dobrada em espanhol), "Trapos e Companhia" (sobre o fascinante mundo das costureiras), "Carrossel" (novela venezuelana com um branco rico e um pretinho pobre), "Dá-lhe Gás" (os primórdios de Jorge Gabriel) ou o "Médico de Família", um appointment viewing no verdadeiro sentido do termo. Mesmo que alguém falecesse numa terça-feira à noite, eu não ia ao funeral sem ver a mais recente discussão da Lucinda com o avô Zé.

Por sorte, a minha passagem pela Universidade não se transformou num enorme "Doutores e Engenheiros", com Nuno Graciano gritando a plenos pulmões "miséria!", até porque não me desloquei muitas vezes à faculdade. Era difícil saír a meio de um "Olá Portugal" ou de um "SIC 10 Horas", deixando para trás Manuel Luís Goucha ou Fátima Lopes para ir assistir às prelecções de Maria Augusta Babo sobre o palimpsesto. Temos de reconhecer que não pode competir com a espectacularidade de uma tertúlia cor-de-rosa ou conversas de quintal.

Há uma preocupação generalizada com o futuro das nossas crianças, que já não brincam na rua e só vêem televisão. Eu sinto uma preocupação particular com o passado dos nossos adultos, que andavam a tocar às campainhas e a correr pela rua fora, em vez de estarem a ver "Os Principais", com o Humberto Bernardo.

Se não houvesse televisão eu além de profundamente triste, era hoje desempregada.

E o pior é que enquanto estivesse em casa à espera de um telefonema do centro de emprego e a comer bolachas com pepitas de chocolate (é assim que imagino o desemprego) não ia poder ver televisão!

02
Fev10

Curto Circuito

Joan@

Ontem a torradeira lá de casa fez  curto-circuito.

E eu fiquei na esperança que todos os electrodomésticos conseguissem produzir programas de televisão com a mesma facilidade.

O frigorífico faria morangos com açúcar, a batedeira faria o fama show, juntamente com umas claras em castelo, o microondas faria o só visto em apenas 30 segundos a 600 watts. E eu podia empandeirar a minha televisão e comprar uma bimby, daquelas que na velocidade 3 fazem os novos ídolos de Portugal.

30
Dez09

2009 em Revista

Joan@

Antes de mais devo dizer que se pudesse ter 2009 numa só revista, adoraria que fosse na Telenovelas. Isto porque além de ter um óptimo formato para levar no bolso, é perita em resumir as coisas ao essencial, reduzi-las ao que realmente interessa, com frases como "Micaela descobre Jorge com Sónia e mata ambos". É isso que pretendo fazer acerca deste ano que agora finda (e não podia findar sem eu usar o verbo findar).

Por entre horas e horas de resumos do ano e da década em telejornais que se repetem até mais não, estão a ficar de fora os acontecimentos realmente marcantes de 2009.

 

E são eles:

 

 

O fim de Calvin & Hobbes no jornal Público. Tudo bem, o seu (à época) director justificou a decisão com o facto de já estarem a repetir pela quinta vez as mesmas tiras. Mas eu leio o jornal antes das nove da manhã, acham mesmo que passados cinco minutos ainda sei o que lá vi? Por mim até podia ser a mesma tira dia após dia, que continuava a aquecer-me mais que o meu cházinho de mel e ginseng (bem a propósito, outra descoberta do ano. É da Tetley, adquiram-no). Falando em géneros alimentícios... outra das grandes descobertas do ano foi o tremoço. Bem sei que Eusébio já o tinha descoberto há várias décadas (dizia ser o seu marisco favorito), mas eu só na passada Primavera é que consumi um pela primeira vez. Não sabia que era preciso tirar a casca. Achei gelatinoso. Mas sempre saiu mais barato que o pires de presunto que consumi no Clube do Fado em Lisboa. 15€, imagine-se. Ainda se tivesse actuado lá a Amália!

Por falar nisso.. Dizem que vários portugueses faleceram vítimas de Gripe A este ano, mas na verdade quem os vitimou foi Amália R (de Rodrigues). Fomos bombardeados em doses industriais - só faltou a Matutano lançar umas batatas especiais onduladas Amália - e no meio da overdose a única coisa interessante que descobri, por acaso, foi este genial fado da Caldeirada.

 

 

Tive oportunidade de comer coisas igualmente esquisitas por essa Europa fora, entre Praga, Viena e Budapeste, e de descobrir que um pomposo Wienerschnitzel não passa dum bife panado (tantas letras desperdiçadas, Deus meu), e tive sobretudo oportunidade de acertar na única companhia aéra a operar em Portugal que faliu sem apelo nem agravo, deixando-me pendurada, de bilhete na mão. Sky Europe, descansa em paz. Qual Solnado, qual Michael Jackson, qual quê. O Mundo pode ter ficado mais pobre sem eles, mas eu fiquei cento e muitos euros mais pobre sem ti. Essa é que é essa.

Uma coisa que felizmente não fale nem falirá jamais é a caixinha mágica (à sua maneira, é também uma caixa negra, com o registo de todos os acontecimentos ridiculamente importantes). Entre o Big Give da Oprah (ainda se lembram?), o Everyday Food, a reconstituição do desaparecimento de Maddie made in TVI e as declarações de Carolina Patrocínio sobre frutas diversas, passou-se um bom bocado! E, mais importante que tudo: eu estive lá, no estúdio do programa da D. Fátima, apresentado por D. Merche. E isso muda a vida duma pessoa. Isso e colaborar de alguma forma no Natal dos Hospitais (nem que fosse fornecendo os croissants do catering). São life changing moments, como diria a supra-citada Oprah.

 

De vez em quando trabalhei. Há muito, muito tempo, era eu uma criança (em Maio), o Papel Químico conheceu a luz do dia, e correu muitíssimo bem. Pelo menos a minha avó foi ver e achou "pilhas de graça". Isso chega-me. Mais recentemente, "O que se passou foi isto"...

 

 

2009 foi também ano de muitas eleições, mas o que realmente fica não são as cruzinhas que as pessoas fazem ou não nos boletins. O que fica é isto: Islatino continua a ser presidente da minha terra (boys will be boys, corruptos will be eleitos), uma chapada nas ventas, sofrida pelo Avô Cantigas com que o PS tentou ganhar as Europeias (apelando ao voto jovem), o facto de Manuela Ferreira Leite se referir repetidamente ao teleponto como power point, e a afirmação de Paulo Portas: "há quem esteja indeciso entre o Bloco e o CDS" - são sempre comoventes estas alusões à mãe em plena batalha política. Ah, e não podemos esquecer esses bonitos momentos de televisão que foram o "Como Nunca os Viu". Para mim era de facto importante saber que Portas come sushi todos os dias e que tem um aquário gigantesco na sala. Mudou radicalmente o meu sentido de voto. Votei sashimi num japonês ali para os lados da Junqueira (bom e barato, não divulguem muito).

Há quem diga que 2009 ficou marcado pelo caso BPP e pelo caso BPN. Para mim ficou marcado pelo caso Caixa Geral de Depósitos, já que tive que desfalcar a minha própria conta em vários milhares de euros (e aviso com pesar que isto não é exagero estilístico) para pagar a dívida à Segurança Social. E o pior é que não me sinto mais segura agora. Sinto-me até bastante insegura sempre que penso no campeonato português e me lembro das afirmações de Varela, no início de 2009: "para além do trabalho é necessário um talento inapto". Pois, talento inapto é o que mais se tem visto lá no Estádio do Dragão. O que muito me apoquenta. Felizmente não acredito em milagres e muito menos em Jesus. Aí vamos nós a caminho do Penta (wishful thinking).

 

Mas previsões para 2010 ficam para outro dia, e para outro blog (talvez o da Maria Helena, a astróloga com o nome menos sonante de sempre). Bom Ano!

 

 

01
Dez09

O Que Passou Passou

Joan@

Já cá não vinha há muito, muito tempo. E a vantagem dos sítios vazios é precisamente essa: podemos abandoná-los por tempo indeterminado que não está lá ninguém para sentir a nossa falta. Isto podia parecer até poético, não estivesse eu a referir-me ao meu próprio blog, o tal que nem eu visito. Mas hoje vim, deixar para a posteridade a nota de que amanhã estreia O Que Se Passou Foi Isto, lá para as 21h30, na RTP.

Vai ser giro ver aqui a data deste post, para daqui a uns tempos vir anunciar que o tal programa pode agora ser visto às 3 da manhã, depois de sucessivas noites de quarta-feira com audiências mais baixas que o Diga Lá Excelência do canal 2. É aproveitar enquanto dura! (pensamento também aplicável à vida, de forma geral, ou a um pacote de bolachas Maryland de forma mais particular).

 

06
Jul09

Tenho uma máquina do tempo com comando

Joan@

Ando mesmo preocupada com a minha televisão e esta coisa de ter encravado em 1993.

O problema nem é o da data. Eu, citando esse grande pensador nacional que é José Carlos Malato, "fui muito feliz" em 93. O problema nem é terem passado dezasseis (!) anos. O grande problema é que não estamos perante "mais do mesmo", mas sim "mais do ainda pior".

O novo Chuva de Estrelas não tem o túnel de fumo, de onde os concorrentes saíam como se tivessem passado 30 segundos no Carnaval de Torres, não tem Catarina Furtado, não tem sequer José Nuno Martins, não tem Fernando Martins (aquele cabeludo fascinante, do júri). Sobrou apenas um Herman José que não usa nem as camisas com lantejoulas nem a graça que punha ao serivço de "Parabéns" em 93.

Os novos Jogos Sem Fronteiras (disfarçados de TGV para dar um ajuda ao Governo e fingir que as obras públicas estão bem e recomendam-se) não têm Eládio Clímaco e a sua forma única de bater palmas, não têm equipas de Moura nem da Figueira da Foz, não têm Joker.

As doses maciças de Isto Só Vídeo que passam todos os dias não têm Virgílio Castelo. Continuam a ter cães a saltar e bébés a caír, é certo, mas sem a mestria com que o faziam nos anos 90. As criancinhas que chocavam contra portas de vidro há uns anos tinham muito mais elegência do que estas de agora. E eu com sete anos tinha muito mais desculpa para rir de noivas que espetavam a cara nos bolos de casamento.

A nova Praça Pública não tem Júlia Pinheiro nem emoção (normalmente são dois factores que andam de mãos dadas, talvez pela entoação do discurso da senhora), o novo Minas & Armadilhas não tem o tom cavernoso de Júlio César nem o charme da Belle Dominique, o novo Furor tem uma Catarina Furtado sem a energia do Chuva de Estrelas, e tem uma forte componente de responsabilidade social: há que dar emprego àquela gente toda que concorreu à Operação Triunfo achando que ia ter uma carreira internacional (e vendo bem, até têm, que os emigrantes adoram estes programas).

E podia continuar. Dá-se o caso de ter de ir trabalhar. Mas a seriedade deste assunto leva-me a crer que voltarei a ele brevemente.

Agora vou só ali enviar um telex (como se fazia à época) ao Nuno Santos, exigindo um remake d'O Juíz Decide e daquele programa espectacular em que o José Figueiras interrompia uma novela brasileira a meio para nos dar a oportunidade de escolher que final queríamos. Se é para voltar atrás, que seja em estilo.

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